Santa Casa de Misericórdia – Belém
- Local: Rua Bartolomeu Dias, 77, 79, Lisboa
- Cliente: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
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Data: Lisboa, 20 de abril de 2017
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
INTRODUÇÃO
A presente Memória Descritiva e Justificativa diz respeito ao Projeto de Licenciamento de arquitetura referente ao projeto de ampliação, relativo à Obra de Reabilitação do prédio urbano sito na Rua Bartolomeu Dias nºs 77,
79, em Lisboa.
Insere-se na Zona Especial de Proteção da Torre de Belém, no traçado urbano C, Consolidado, do PDML, na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa e na Freguesia de Belém.
EXISTENTE
O edifício existente tem dois pisos e águas furtadas e é composto por duas frações no Piso 0 cada uma com um acesso independente ao logradouro, uma fração no Piso 1 e duas frações nas águas furtadas.
O interior está em mau estado com sintomas de degradação evidentes, desta forma o edifício será alvo de reabilitação. O interior e a fachada traseira são demolidos. A fachada principal, por estar em bom estado de conservação será mantida e recuperada.
PROPOSTA
EXTERIORES
Conforme já referido a proposta para o exterior do edifício é a reabilitação da fachada principal e a demolição da fachada tardoz, propõe-se também a subida das cotas da cércea e da cumeeira nivelando o edifício com a média do quarteirão.
Ao subirmos as cotas é possível acrescentar um piso ao edifício, desta forma a fachada existente será recuperada e será adicionado um piso com as mesmas características dos dois pisos existentes, ou seja, com vãos iguais, varandas idênticas e a balaustrada reposta acima do piso adicionado.
Em termos de revestimentos na fachada principal propõe-se o azulejo verde expo da Viúva Lamego em vez da pintura atual a cinza. Este revestimento proporcionará uma manutenção menor para o futuro e oferecerá uma maior dignidade ao edifício.
As janelas serão executadas em PVC e pelo interior serão adicionadas portadas em madeira pintadas a branco. A porta de entrada será recuperada ficando com o acabamento de madeira à vista.
Em vez das águas furtadas agora existentes propõe-se o aproveitamento da cobertura com terraços só para tardoz, aproveitando a vista e o sol para a sala.
A fachada tardoz existente, por não ter qualidade, será substituída por uma totalmente nova, os vãos serão redesenhados com maior dimensão, para aproveitar a vista para o rio e a luz vinda de sul, adequando-se ao interior conferindo-lhe uma imagem mais atual. Foram adicionadas varandas em estrutura metálica oferecendo à fachada uma imagem adequada ao quarteirão onde se insere.
LOGRADOURO
O logradouro será utilizado para estacionamento privado do edifício. Numa rua onde o estacionamento é quase inexistente é importante a aposta em estacionamento, desta forma haverá 4 lugares, um para cada apartamento.
Também no logradouro haverá um pequeno terraço para usufruto do apartamento do Rés-do-chão.
Haverá o cuidado de se manter uma área permeável através de materiais que o permitam, nomeadamente o “terraway”.
INTERIORES
O acesso ao interior faz-se pelo mesmo local do edifício existente. A cota de soleira do edifício está a 23 cm acima da rua. A partir desta cota haverá a entrada para o Rés-do-Chão, ligação à zona dos correios e da casa do lixo. Também é por esta cota que se acede às escadas do edifício que ligam aos pisos 1 e 2.
A totalidade do edifício será utilizada por habitação.
O apartamento do Rés-do-Chão é um T2 e tem uma ligação a um terraço exterior no logradouro.
No Piso 1 haverá um apartamento T3.
No Piso 2 as tipologias são um T1 e um T3. Este último em dúplex com a sala, a cozinha e um lavabo no último piso.
Todos os apartamentos têm cozinhas e casas-de-banho completas.
CASA DOS LIXOS
A casa dos lixos estará situada no Piso 0, com acesso direto à circulação vertical em que os residentes terão acesso fácil e também com acesso ao exterior através do portão da garagem. A área da casa do lixo é terá 4,06 m2.